Apesar de maranhense legítimo, a minha "maranhensidade" nunca foi lá grandes coisas: detesto guaraná Jesus, chamo juçara de açaí mesmo e nunca aprendi a diferença entre a Catirina do Bumba-Boi e o Beco da Catarina Mina.
Mas dia desses, na gôndola do supermercado, fiquei intrigado com um pote de geleia de cupuaçu - comprei, provei e devo admitir que me senti do mesmo jeito que aquele impiedoso crítico gastronômico de Ratatouille ao saborear um prato preparado por ratazanas: achei uma delícia tão grande que me fez lembrar da própria infância.
Não quer dizer que com esta doce epifania eu tenha deixado de ser enjoado e sucumbido de vez às maravilhas da ilha. Ainda vai levar um tempão para eu aprender a tolerar a batida das matracas e a dançar o Cacuriá.
Nenhum comentário:
Postar um comentário