quinta-feira, 19 de novembro de 2009

Ave!


Sondando o Google Books, descubro que a Biblioteca do Texas possui um exemplar do meu livro sobre a Clarice Lispector. Quase caio para trás. Livros também voam para longe, como as aves migratórias.

O "The Times" elegeu o apocalíptico "A Estrada", de Cormac McCarthy, como o melhor livro da década. O pior é "O Código da Vinci", aquela tortura verbal que só pascácios conseguem ler, e que vendeu zilhões de exemplares mundo afora. Nunca Dan Brown perderá dinheiro enquanto subestimar a inteligência das pessoas.
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Os romances de Cormac McCarthy são a nata da literatura contemporânea, segundo Harold Bloom, e rendem adaptações cinematográficas como o oscarizado "Onde os Fracos Não Têm Vez", dos irmãos Coen. O sinistro "A Estrada" foi lançado este ano, é dirigido por um certo John Hillcoat e estrelado por Viggo Mortensen. Torço para que chegue nos cinemas daqui.
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"A Estrada" é um McCarthy primoroso, mas a obra-prima insuperável do escritor continua sendo "Meridiano Sangrento", que também ganhará adaptação para o cinema, embora ninguém saiba como. A violência do livro é tamanha, que transformada em imagens deve tornar o filme quase pornográfico.

quarta-feira, 18 de novembro de 2009

Filmes no YouTube


Munido de uma paciência chinesa, dá para encontrar e assistir a alguns grandes filmes inéditos em DVD no Brasil, como El Norte, de Gregory Nava, Beau Travail, de Claire Denis e Santa Sangre, do Alejandro Jodorowsky, disponibilizados por algumas almas gentis no YouTube. Mas é bom saber inglês, já que o famigerado site não oferece filmes com legendas em cantonês, nem na nossa língua.

Livraço



As aventuras de Augie March, de Saul Bellow, é um tijolaço lançado pela Companhia das Letras que eu estou devorando com muito gosto. São 794 páginas, das quais já li seiscentas e tantas. Augie é o bom-moço americano arquetípico. Judeu, filho bastardo, malandro, sedutor e boa-pinta. Um Zelig emocional, que vive embarcando na onda dos outros, tentando agradar a todos. Quebra a cara diversas vezes e ainda perde alguns dentes. O livro é um desfile de personagens memoráveis, narrado naquele jeitão objetivo, clássico, dos grandes escritores americanos. Impressiona a dicção das personagens de Bellow. Você capta n variações e mil timbres de voz. Há frases e diálogos que vão do sábio ao irônico e que se leem com um sorriso aberto de orelha a orelha.

domingo, 15 de novembro de 2009

Rol

Umberto Eco endossa minha estranha mania de fazer listas. Basta clicar aqui.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Mania de fazer listas



Listão com TODOS os meus filmes favoritos. Basta clicar aqui.