segunda-feira, 5 de março de 2012
Um Sonho
Só me lembro de dois fragmentos deste sonho, ambos perturbadores.
No primeiro estou andando na rua e vejo um dos primeiros quadros que pintei na vida destruído, atirado na calçada como lixo.
O segundo fragmento é muito pior. Estou deitado na cama (em meu antigo quarto na casa dos meus pais) e no canto próximo à janela, sentado numa cadeira, vigiando-me silenciosamente, há uma figura, inteiramente coberta por panos e tecidos brancos, uma espécie de burca branca.
No mesmo instante em que comecei a dizer as terríveis palavras: "É o anjo da morte", acordei, com a palavra anjo ainda escoando de meus lábios.
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