segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Um cd só para os Björkófilos


"Biophilia"(2011) é o título do novo álbum de Björk (faço questão de pôr os pingos no o dessa cantora islandesa, afinal o pobre trema foi aposentado para as palavrinhas e palavrões da nossa própria língua e só o reutilizaremos em ocasiões como essa). Mas este novo cd não soa assim tão novo. É estranho pra caramba, e os modernos de plantão dirão que "é ousado". Exatamente como os últimos discos dela. Só que é muita "ousadia" para o meu gosto. Depois que a última música acaba, dá aquela certeza de que não vou ouvir novamente tão cedo...

Ou seja, é mais um osso duro de mastigar, tipo o "Medúlla"(2004). E é chato ter que dizer isso de uma cantora que não se acomoda com o sucesso e vive se reinventando e à sua carreira, mas é fato: o grande disco de Björk continua sendo até hoje o primeiro: o mágico "Debut" (1993), embora os dois seguintes, "Post" (1995) e "Homogenic" (1997) também sejam álbuns brilhantes. O deliciosamente esquisito "Vespertine" (2001) é a trilha sonora perfeita para um namoro. Isto é, se o seu namorado for artista performático. Ou um alienígena.

Às vezes, como fã antigo (desde quando os Sugarcubes surgiram no mapa), dá vontade de pedir à cantora que largue as invencionices de mão e grave um disco sem tantas frescuras e modernidades. Mas isso deve soar como sacrilégio para os fãs roxos da diva. Podem ter certeza: se você não for um deles, dificilmente se apaixonará por esse "Biophilia".

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