segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Aquisições


Domingo recebi o soldo e fui às compras. Uma breve passada pela Nobel "só para espiar". Mas para mim é impossível resistir à tentação dos títulos da Companhia das Letras:

"Meus Prêmios", por exemplo, é obra publicada postumamente, mas, como sempre, irônica, hilária, venenosa, intoxicante, de Thomas Bernhard.

Outro, imperdível, e irretocável, é "O Caminho Para Wigan Pier", de George Orwell. Orwell é um mestre genial, seja no relato das diferenças de classes inglesas, seja no ensaísmo contundente.

Tem um novo do Michael Cunninghan (autor de "As Horas"). Chama-se "Ao Anoitecer". Mas achei o começo meio bunda-mole.

Comprei também "Herzog", de Saul Bellow. Tudo de Bellow me fascina. "As Aventuras de Augie March" é um dos mais cativantes romances já escritos por um norte-americano. Como são cheios de vitalidade os personagens de Bellow. "Herzog", leio de uma orelhada, é o intelectual brilhante, bonitão, papa-todas. Ele casa, aí vira corno, padece o pão amassado pelo diabo. O livro abre com as seguintes palavras: "Se estou louco, tudo bem para mim...".

Phillip Roth também veio na sacola. O livro se chama "Nêmesis". É hipnótico, como tudo que Roth escreve. Ele é um dos dois maiores autores americanos vivos (O outro é Cormac McCarthy). Trata, como todos os últimos livros de Roth, de uma narrativa que envolve judeus de Newark, mas cujo tema principal é a proximidade e a inevitabilidade da morte.

Isso aí. Com tantas leituras finas dá para apreciar este comecinho de outubro.

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