segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Gostos e Desgostos

Dando umas voltinhas por blogs alheios, percebo que blogueiros têm uma fixação por criar posts com enquetes que falem de coisas "de que gosto/de que não gosto", nas quais os leitores deixam montanhas de comentários falando também de suas preferências pessoais.

Ok. Como aqui no meu "Estranho Mundo" nunca fiz nada parecido, para não perder o bonde darei início a uma série de posts ao estilo "gosto/não gosto". Começando por um dos meus assuntos favoritos: livros. Primeiro os que me irritam muito.

NÃO GOSTO DE LIVROS:

01. de auto-ajuda (que, acredito, só ajudam mesmo os seus autores, que enriquecem com a venda dos tais. Esse tipo de livro sempre me cheira a auto-engano, afinal somos todos adultos e aprendemos que não existe Papai Noel, nem Coelhinho da Páscoa, nem pote de ouro no fim do arco-íris);

02. didáticos de língua portuguesa (pois, como professor, reparo que quase todas as publicações das editoras voltadas para o ensino médio pecam pelo excesso de informação visual. É tanta poluição de imagem, fotografia, tirinha, desenho, e não-sei-mais-o-quê, que o texto e a reflexão que ele desperta deixam de ser substanciais para se tornarem detalhes, meros acessórios muitas vezes dispensados pelos alunos);

03. best-sellers em geral (lixo pré-fabricado segundo fórmulas ridículas);

04. livros religiosos em geral (é melhor nem comentar para não ser acusado de intolerante);

05. livros simplesmente mal escritos (e aqui eu incluiria uma gama quase infinita de autores, encabeçada pelo emblemático Paulo Coelho, cuja ruindade e pobreza de estilo são notórios);

06. livros policiais e de mistério (que só leitores triviais levam a sério);

07. biografias de celebridades (alguém me explica o fato do tal do Justin Bieber já possuir uma biografia?);

08. romances água-com-açúcar (Há a variação Sidney Sheldom da coisa. Aqueles que são piegas mas acrescentam uma pitada generosa de sexo, ganância, suspense e crime, mas que ainda assim continuam intragáveis, não passam de roteirões de telenovelas);

09. romances regionalistas com fortes doses de realismo fantástico (uma receita indigesta seguida à risca pelo literato e presidente do Senado José Sarney. Melhor sair gritando por socorro);

10. livros escritos por blogueiros (Afinal, Bruna Surfistinha não é, definitivamente, uma nova Lígia Fagundes Telles).

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