segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Naftalina

Analisando fotos beeeem antigas, chego à conclusão de que preciso, com urgência, dar uma renovada no meu guarda-roupa. Várias peças usadas nos anos 90 sobreviveram nas gavetas e convivem com as roupas mais recentes (que são bem poucas). Ou seja, há décadas venho usando os mesmos trapinhos.

Dá para notar que não sou, exatamente, compulsivo com roupas, como sou com livros e filmes. Aliás acho chato ter que escolhê-las nas lojas ou para sair. Não ligo a mínima para o assunto moda, embora aprecie o visual de pessoas elegantes. Sei que a maioria das pessoas prefere gastar dinheiro e tempo investindo em itens que ornamentam a vaidade pessoal. Mas eu chuto o balde. Não ligo para griffes badaladas e adoro camisetas básicas de algodão.

Lembro de um amigo radical, que amava tanto literatura, mas tanto, que deixava de comprar roupas, e às vezes até passava fome, só para poder comprar os últimos lançamentos literários. E de um outro amigo, seu oposto perfeito, que nunca tirou sequer carteira da biblioteca na universidade, e que tinha mais de 46 pares de calças jeans.

Francamente, não estou em nenhum desses dois extremos. Mas admiro quem tem paixão por suas próprias  obsessões, ainda que consumistas. O importante, ainda que não exista felicidade, é se sentir feliz por alguns instantes. Como roupas novas fazem a alegria de muita gente, vai ver nasci para ser nudista.

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