quarta-feira, 2 de março de 2011

A Última Saga da Trilogia

Antes de transformar o Lázaro Ramos em garanhão, o noveleiro Gilberto Braga ganhava a vida mais honestamente, escrevendo melodramas cínicos com vilões divertidos, em formato de novelha ou minissérie.

As masterpieces de Braga foram "Vale Tudo" - que transformou Odette Roitman em um símbolo das elites corruptas do país, cujo oposto era a batalhadora Raquel Accioly: uma pessoa ética e "do bem", mas chata de doer - e as minisséries "Anos Dourados" e "Anos Rebeldes", que retratavam, respectivamente, o Brasil ingênuo e bom-moço dos anos 50 e o período barra-pesada da ditadura militar (anos 60-70).

Gilberto Braga, para completar a sua trilogia, só ficou devendo escrever "Anos Ridículos", uma minissérie traçando um painel do Brasil dos anos 80, época no mínimo extravagante, em que as pessoas se diziam fiscais do Sarney e na qual um quinteto de rapazes extrovertidos e cor-de-rosa como o Ciclone era considerado, indeed, o melhor grupo do Brasil:


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