segunda-feira, 26 de julho de 2010
Sem Máscaras
Acabei de ler O Náufrago, do Thomas Bernhard, e emendei com a leitura de Perturbação. O negativismo e a ironia depreciativa contra tudo e todos são as marcas de Bernhard, assim como de Beckett, Miller e Céline, autores que tratam da doença, da agonia e da morte da sociedade contemporânea, que apontam o definhamento e o apodrecimento de todos os valores da nossa civilização. São os artistas do desmascaramento. Felizmente partilham um humor amargo e venenoso, que transformam suas obras em comédias sombrias e nos permitem alívio cômico. Com eles aprendemos a rir de nossos próprios demônios.
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