Faz um dia cinzento, nublado.
Saramago está morto, leio na web. A nossa é uma época em que já não somos postos a pensar, afirmava. Mas eu paro e penso por um minuto (ou mais) no autor de
O Ano da morte de Ricardo Reis,
As Intermitências da Morte e do
Memorial do Convento. Não somos postos a ler, ele poderia ter dito ainda. Contruiu uma obra tentando suplantar os contrasensos e cegueiras da vida moderna, afirmando a dignidade da língua portuguesa e do amor, posto muitos metros acima das vitórias da morte. Em terra de cegos, foi rei.
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