sábado, 25 de setembro de 2010

Bomba! Bomba! Bomba!


A bomba "Lula: O Filho do Brasil" foi selecionada por um júri oficial para representar o Brasil na disputa pelo Oscar. Uma escolha um tanto duvidosa, não apenas por motivos estéticos, mas porque este é um ano de disputa eleitoral, em que Lula se projeta na campanha de sua candidata como se candidato fosse.

Os cineastas que votaram por unanimidade no filme alegam que não teriam "intenções políticas" ao fazerem a escolha, é o que sugere o Ministério da Cultura, enquanto comemora a decisão "imparcial" dos tais sujeitos. Querem nos convencer que Lula é um personagem forte, internacional, que pode comover a Academia. Convém lembrar que mesmo com 80% de apoio popular ao presidente, além de uma gigantesca propaganda oficial e uma farta distribuição em salas de cinema, "O Filho do Brasil" foi relegado às baratas por aqui, arrecadando uma pífia bilheteria.

Além do mais, Lula é um notório pé-frio. Todos os personagens fortes do seu governo - exceto madame Dilma - caíram após denúncias, mensalões e outros escândalos. Sobrou azar até para o diretor da sua cinebiografia edulcorada, que está atualmente em coma. "O Filho do Brasil" é uma escolha no mínimo conveniente para cineastas que dependem do financiamento oficial para realizarem bombas que afastam o público, mas que rendem prestígio e dinheiro de financiamento a seus realizadores.

Um comentário:

  1. Sandro você ainda lembra daquela musiquinha dos Paralamas do Sucesso que dizia assim (?):
    “Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou
    São trezentos picaretas com anel de doutor
    Luís Inácio falou, Luís Inácio avisou
    Eles ficaram ofendidos com a afirmação
    Que reflete na verdade o sentimento da nação
    É lobby, é conchavo, é propina e jeton
    Variações do mesmo tema sem sair do tom...”

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